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Contributos da Neuropsicologia na Doença de Parkinson

A Doença de Parkinson (DP) afeta quase 20 mil portugueses e estima-se que a sua prevalência continue a evoluir tendo em conta o aumento da esperança média de vida.  O início do quadro clínico costuma acontecer entre os 50 e os 70 anos, porém é possível que o início possa ser ainda mais precoce.


Trata-se de uma doença crónica e neurodegenerativa, caracterizada por sintomas físicos como rigidez muscular, tremor de repouso, bradicinesia e alteração postural, sintomas estes que acabam por afetar a rotina do paciente, dos cuidadores e familiares envolvidos (PETERNELLA; MARCON, 2009).


Atendendo à dimensão desta patologia, consideramos que esta doença afeta a pessoa de forma física, mental e social e, no sentido de garantir possíveis melhorias no quadro clínico, o atendimento adequado deverá ter por base o modelo biopsicossocial.


Cerca de 30% dos Doentes de Parkinson manifestam depressão e ansiedade.

O uso da terapia cognitivo-comportamental tem demonstrado notável eficácia na resolução destes sintomas, aumentando a capacidade de lidar com a doença e, consequentemente, melhorar a qualidade de vida.


O neuropsicólogo assume ainda um papel fundamental na avaliação e reabilitação cognitiva uma vez que, um vasto número de alterações cognitivas pode ser encontrado em doentes com DP.


Os domínios cognitivos mais afetados normalmente incluem as funções executivas, funções visuo-espaciais, memória, atenção e a linguagem (Pillon et al., 2001).

Através da aplicação de protocolos específicos de testes neuropsicológicos torna-se possível apurar/quantificar os défices cognitivos e traçar planos de reabilitação cognitiva que visem a estimulação das áreas mais prejudicadas e o treino das áreas preservadas.


As sessões de estimulação e treino cognitivo (individuais ou em grupo) revelam ser uma estratégia no combate à evolução da doença, uma vez que resulta num melhor desempenho cognitivo, nomeadamente na memória de trabalho e nas funções executivas, principalmente na velocidade de processamento da informação.


Consideramos que o acompanhamento neuropsicológico pode contribuir não só para a melhoria das habilidades funcionais e cognitivas (atenção, memória, raciocínio lógico etc) como também a estabilidade emocional e comportamental.

De que está à espera? Comece hoje a melhorar a sua vida! Marque já a sua consulta de neuropsicologia!


 
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