A osteopatia visceral é um conjunto de técnicas especificas com o principal foco e objetivo de melhorar o funcionamento dos órgãos e vísceras, promovendo uma boa relação entre o sistema estrutural, sistema visceral e o sistema nervoso.
Para uma boa funcionalidade a víscera depende, de uma mobilidade normal fisiológica, quando um órgão perde parte ou a totalidade de possibilidades de movimento, é igual ao sistema músculo-esquelético, denominando-se assim, fixação visceral. O órgão perde mobilidade e move-se ao redor de um ponto de fixação. Em caso de fixação total, perde completamente a sua possibilidade de movimento e por consequência a sua função fica alterada.
Uma cicatriz pode apresentar aderências profundas, que pode originar espasmos por uma tensão permanente, problemas circulatórios (estase sanguínea) e fibrose, depende também da vascularização e inervação neurovegetativa (ortossimpática e parassimpática).
A vascularização visceral está assegurada pelo sistema porta e a artéria aorta abdominal e a inervação neurovegetativa, pelo nervo neumogástrico (X) sistema parassimpático, e sistema ortossimpático, inervação difusa de C8-L2.
Assim, uma disfunção músculo-esquelética também se vai repercutir sobre o órgão através do sistema fascial, provocando uma estase vascular e um reflexo nociceptivo medular.
Uma disfunção somática vertebral provoca uma alteração neuro-vascular simpática visceral. As vísceras estão suspensas a estruturas ósseas e toda a disfunção somática presente pode perturbar diretamente a mobilidade visceral.
Posto isto, a osteopatia não é meramente manipulativa e a existência de técnicas viscerais vêm favorecer e potenciar toda a mobilidade, vascularização e inervação das mesmas, sendo imprescindível trabalhar o sistema visceral, para obter resultados a nível estrutural.
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